sexta-feira, 25 de junho de 2010

REFLEXÃO - Módulo IV (cont.)


(Continuação da mensagem anterior)

Cabe ao professor construir cenários para os alunos aprenderem e desenvolverem as competências previstas. A Sequência Didáctica constitui então um cenário onde o aluno vai actuar e aprender.

Sequência Didáctica

A Sequência Didáctica surge como um conjunto de actividades de Ensino (o que o professor vai fazer) e de Aprendizagem (o que é suposto o aluno fazer a partir da actividade proposta pelo professor), partindo dos pré-requisitos /conhecimentos prévios dos alunos. São então propostas experiências articuladas entre si, organizadas de modo sistemático, voltadas para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes.
As Sequências Didácticas são construídas num sentido de progressão e complexificação crescente, surgindo com uma forma de planificar na lógica das Competências e não dos Conteúdos, como tem sido tradicionalmente feito. Assim, as competências estão no centro do processo, havendo uma Competência Foco, que em determinada Sequência é privilegiada, e as Competências Associadas que auxiliam, de forma articulada, a Competência Foco. Promove-se, assim, o desenvolvimento integrado das diferentes competências, o que faz mais sentido para quem aprende. Deixamos ainda de ter as práticas focalizadas nos Conteúdos, passando estes a estar ao serviço das Competências.
Vimos que a Sequência Didáctica permite a interdisciplinaridade pois possibilita o desenvolvimento de competências de diferentes áreas e, no tratamento de um tema, os alunos podem recorrer a conhecimentos de outras áreas e ampliá-los. Considero que a interdisciplinaridade enquanto possibilidade de articulação das várias áreas, permite trabalhar o conhecimento globalmente, o que é muito importante, especialmente no 1º Ciclo em que trabalhamos em monodocência.
Numa primeira impressão, apeteceu-me dizer que “os professores já fazem isso, sem usar esse nome!” pois uma Sequência Didáctica, pode fazer lembrar algumas planificações preparadas sobre um Tema, a partir do qual a turma trabalhava num período de tempo, nas diferentes áreas, havendo normalmente um produto final… No entanto, admito que frequentemente o ponto de partida não eram as Competências, mas um Conteúdo Programático ou tema… Penso que só um tema gerador, trabalhado pela óptica de diferentes disciplinas não garante a interdisciplinaridade e o trabalho a partir das competências faz mais sentido. Assim, apesar de neste momento ainda ter dúvidas e achar que preciso aprender mais para poder construir e implementar Sequências Didácticas, entendi que apresentam desafios cada vez maiores aos alunos, permitindo a construção do conhecimento. Serão, então um desafio também para mim, enquanto professor!
Procurando reunir mais informação para me preparar para a tarefa que se avizinha na construção de Sequências Didácticas, é importante o registo de algumas ideias: esta é composta por várias etapas que incluem actividades de aprendizagem e avaliação, dando a dimensão do mais simples para o mais complexo; para construir uma Sequência Didáctica é necessário efectuar um levantamento prévio dos conhecimentos dos alunos e a partir desse planear uma série de aulas com desafios e/ou problemas, actividades diferenciadas, jogos… Gradualmente, deve-se aumentar o grau de dificuldade das tarefas propostas, permitindo um aprofundamento dos conhecimentos em simultâneo com o desenvolvimento das competências.
Uma das dificuldades que poderei sentir prende-se com a definição/previsão do tempo necessário para as etapas, até porque as turmas são bastante heterogéneas devido aos diferentes níveis, com crianças pequenas e ritmos distintos… O tempo deverá permitir a avaliação final e contínua do desempenho dos alunos, prevendo um “espaço” para as intervenções e correcções de rumo, quando necessário.
Concluo esta longa reflexão, reconhecendo que uma das minhas dificuldades da ESCRITA foi começar esta reflexão (página em branco!) mas, afinal, parece que também me estava a custar acabar!!!



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